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Não votou nas eleições do Crefito-3 em 2024? É hora de justificar a ausência!
Objetivo dos encontros é desenvolver estratégias em conjunto para combater a precarização do setor
Publicado em: 03/12/2014
Redução de partos prematuros exige envolvimento da sociedade
Todos os anos, cerca de 13 milhões de crianças no mundo nascem
prematuras (antes de 37 semanas de gestação), ou seja, cerca de um em cada dez
bebês nascem muito cedo.
No Brasil, a taxa de
prematuridade em 2011, de acordo com recente pesquisa “Nascer no Brasil”, foi
de 11,3%. Um valor elevado, considerando, por exemplo, que na Inglaterra esse
indicador é 55% menor.
Com
esse foco, o Ministério da Saúde (MS), através da Rede Cegonha, que tem entre
seus objetivos a redução da morte materna e neonatal, vem buscando enfrentar as
causas da prematuridade.
Foram
feitos investimentos para que os municípios possam melhorar a qualidade do
pré-natal na atenção básica à saúde, garantindo mais exames e testes rápidos
para diagnostico de sífilis e HIV.
O
estímulo ao parto normal também vem sendo reforçado, através do financiamento
de nova estrutura de atendimento ao parto, que é o Centro de Parto Normal.
Nesse tipo de
estabelecimento, enfermeiros e obstetras realizam partos normais de baixo
risco, como acontece na maioria dos países europeus que possuem índices de
cesárea dentro do parâmetro considerado aceitável pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), ou seja, até 15-20% do total e não 56%, como acontece no Brasil
atualmente (taxa de cesárea de 2012).
A
conquista pelo Brasil de taxas de prematuridade e de cesáreas aceitáveis
constitui desafio que exigirá o envolvimento de toda a sociedade brasileira.
Na
semana marcada pelo dia mundial da prematuridade, é importante a reflexão sobre
esse grave problema que envolve mulheres, famílias, entidades da sociedade
civil de defesa da mulher e da criança, gestores e profissionais da saúde.
Prematuridade
É
preocupante a proporção de bebês que nascem com 37 ou 38 semanas, que não são
prematuros, mas têm menos peso e maturidade (principalmente pulmonar) do que se
tivessem nascido com 39 ou 40 semanas.
Assim
como ocorre com prematuros, esses recém-nascidos têm maior risco de internação
em UTI, de apresentarem complicações e virem a ter sequelas ou mesmo morrer.
Essas condições ligadas à prematuridade constituem a primeira causa de óbito
neonatal no Brasil.
Entre
as causas da prematuridade estão infecções na gravidez, como infecção urinária
e infecções vaginais e o tabagismo na gravidez.
Pesquisas
revelam, ainda, a associação entre o excesso de cesáreas sem indicação precisa,
inclusive cesáreas “eletivas”, com data marcada, como uma das causas de
nascimento prematuro e nascimento de recém-nascidos a termo, mas precoces, com
37-38 semanas de gestação.
Rede Cegonha
A Rede Cegonha é uma estratégia do Ministério da
Saúde que visa implementar uma rede de cuidados para assegurar às mulheres o
direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto
e ao puerpério, bem como assegurar às crianças o direito ao nascimento seguro e
ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.
Esta
estratégia tem a finalidade de estruturar e organizar a atenção à saúde
materno-infantil no País e será implantada, gradativamente, em todo o
território nacional, iniciando sua implantação respeitando o critério
epidemiológico, taxa de mortalidade infantil e razão mortalidade materna e
densidade populacional.
Com informações do Portal Brasil