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Publicado em: 28/10/2015

Médicas reforçam em debate que prevenção é fundamental para combater o câncer de mama

"A associação entre câncer de mama e gravidez é rara, mas vem aumentando atualmente pelo fato de que muitas mulheres estão tendo o primeiro filho aos 40 anos, quando a doença começa a aparecer com maior frequência." A observação é da médica mastologista de Brasília, Maria Aparecida Pereira, que participou ontem do debate sobre o tema Prevenção, Cura e Reconstrução Mamária: um Direito que não Pode Ser Violado, durante reunião em homenagem ao Movimento Outubro Rosa, promovida pela Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura a violência contra as mulheres.

Com experiência profissional de 30 anos, Maria Aparecida disse que o exame de mamografia é a melhor maneira de se detectar precocemente o câncer de mama, que apresenta vários fatores de risco, entre eles o consumo regular de álcool e fumo, a obesidade e a exposição a radiações. Mas, segundo ela, 80% dos cânceres não têm fator de risco e ainda assim a paciente apresenta a doença, contra os 20% restantes, relacionados a esses fatores.

— A detecção precoce só é possível com a mamografia. A prevenção é complicada, porque há uma multiplicidade de fatores relacionados ao surgimento da doença. A mamografia pelo Sistema Único de Saúde está indicada para pacientes entre 49 e 60 anos e tem 90% de resolução. Em paciente jovem, o diagnóstico é feito por ultrassom. A ressonância magnética é um método bom, mas não substitui a mamografia — afirmou.

A médica informou que em 2014 houve no Brasil 57.129 novos casos da doença, com o registro de 38 mil óbitos. O câncer de mama é o mais comum que ocorre entre as mulheres, perdendo somente para lesões na pele e não-melanomas.

— A cura do câncer, a gente só obtém com diagnóstico precoce. Temos que pensar em uma forma do câncer de mama ser curado no país, e que todas as mulheres tenham direito de fazer a mamografia — ressaltou.

A médica oncologista Luci Ishii, presidente da Associação Brasiliense de Apoio ao Paciente com Câncer, que realiza mutirões preventivos em áreas carentes, acredita que as mulheres necessitam de mais informação sobre a doença:

— A falta de conhecimento gera o medo e impede o tratamento da doença. Precisamos falar mais sobre o câncer de mama, temos que começar isso cedo, desde a idade escolar. Devemos colocar isso de tal forma que a paciente em idade de risco não tenha medo de procurar o médico e se cuidar.

Presentes ao debate, os senadores Lasier Martins (PDT-RS) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) criticaram a portaria do Ministério da Saúde 1.253/2013, que revogou a lei que garantia o exame de mamografia às mulheres a partir dos 40 anos. Atualmente, o exame só pode ocorrer a partir dos 50 anos. Os dois senadores são autores de proposição, ainda em tramitação no Senado, que suspende os efeitos da portaria.

Em resposta aos senadores, Maria Aparecida Pereira observou que não há como realizar exame em todo o mundo, e que, por essa razão, o sistema vê-se obrigado a selecionar o público-alvo, que se encontra no grupo que vai dos 50 aos 69 anos de idade.

Autora do requerimento da audiência pública, a deputada Moema Gramacho (PT-BA) disse que a sociedade deve ficar atenta em relação à cura e superação do câncer. Ela defendeu que a cirurgia plástica de reconstrução deve ser feita junto com a cirurgia oncológica, para que o momento seja superado sem as marcas da mutilação.

Com informações do Senado