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Publicado em: 23/03/2018

Tuberculose: muito além da Fisioterapia Respiratória

24 de março é o Dia Mundial de Combate à Tuberculose.

Um dos principais problemas de saúde pública no Brasil e no mundo, a tuberculose matou mais de 1,6 milhão de pessoas em consequência da doença em 2016.

O Raio-X

A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou, em relatório de 2017, que o mundo tem 10,4 milhões de casos de tuberculose e que o Brasil está entre os 20 países com maior número de casos. Nós também ocupamos uma posição de destaque no ranking de países com altos números de casos de tuberculose e HIV: estamos entre os seis primeiros, ao lado do Congo, Gana, Guiné-Bissau, Indonésia e Libéria.

O Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) do Ministério da Saúde registra, por ano, 75 mil novos casos e 4,5 mil óbitos, números considerados elevados para uma enfermidade que tem cura e cuja tecnologia de diagnóstico e tratamento é acessível a todos.

A Fisioterapia

Dra. Amanda Caporali é fisioterapeuta especialista em Fisioterapia Respiratória pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Ela revela que é muito comum pensar no paciente vítima de tuberculose apenas como alguém com comprometimento pulmonar. Porém, o bacilo pode se instalar em qualquer outra parte do corpo.

“A tuberculose não é uma questão exclusiva da Fisioterapia Respiratória. Qualquer parte do corpo pode ser acometida pela tuberculose - ossos, sangue, cérebro”, esclarece Dra. Amanda. “Um paciente grave, acometido de tuberculose óssea, precisa da assistência de fisioterapia motora”.

Tuberculose e o fisioterapeuta da Atenção Básica

A fisioterapeuta enfatiza a necessidade do diagnóstico precoce da doença, que permite as maiores taxas de cura pelo tratamento. Na Atenção Básica, o fisioterapeuta deve estar atento aos sinais e sintomas, que são bastante discretos e podem ser facilmente confundidos com uma gripe. “Febre, tosse prolongada, mal-estar, são alguns dos sintomas que o profissional atuante na atenção básica pode detectar”, alerta.

Ainda na Atenção Básica, o fisioterapeuta tem papel importante no processo de detecção da doença. No processo da coleta do exame de escarro, o fisioterapeuta oferece suporte para essa coleta. “Ao longo do tratamento, o fisioterapeuta atua para manter a via aérea pérvia. Também é muito importante para manter o paciente ativo, para que não desenvolva comorbidades”, destaca.

Fisioterapia no ambiente hospitalar e a Tuberculose

Quando ocorre a internação hospitalar - que pode ocorrer com pacientes imunodeprimidos (pacientes HiV positivo ou com doenças oncológicas) - é necessária uma assistência fisioterapêutica mais ampla.

Dra. Amanda explica que, quando existem comorbidades associadas, a tuberculose pode se desenvolver com uma gravidade maior. “Em tais casos, pode ocorrer a atuação do fisioterapeuta intensivista, em casos em que se exige uma ventilação mais contundente”.

Para o paciente vítima da tuberculose que necessitou da internação hospitalar, existem diferentes tipos de evolução, com diferentes abordagens da Fisioterapia, “desde um caso mais simples, de internação em enfermaria, em que a abordagem tem caráter assistencial, de deambulação, de estímulo à eliminação de secreção e expansão do pulmão, até aquele paciente mais grave, que depende da ventilação mecânica”.