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Aprovação de projeto de lei coloca em destaque a importância da abordagem interdisciplinar no enfrentamento da seletividade alimentar de crianças diagnosticadas com TEA.
Publicado em: 26/02/2016
Evento-teste no Rio reúne atletas do rugby sobre cadeira de rodas
Entre hoje (26) e domingo (28), a Arena Carioca 1, no Parque
Olímpico, será palco de trombadas, passes e gols no Campeonato Internacional de
Rugby em Cadeira de Rodas. A competição será mais um evento-teste para os Jogos
Paralímpicos, que começam em setembro.
Após derrota para a Colômbia
no Pan-Americano de Toronto, em 2015, a seleção brasileira espera se recuperar
no ranking internacional com a Paralimpíada, e o evento-teste
trouxe ao Rio pesos pesados do esporte. A Austrália é a atual campeã mundial e
campeã olímpica, o Canadá é o país que atualmente ocupa o primeiro lugar no ranking,
e a Grã-Bretanha é a campeã europeia da modalidade.
"O nível está muito alto,
mas o Brasil quer recuperar o posto de terceiro das Américas. Não tem teste
melhor para gente", disse o técnico da seleção Rafael Gouveia. Segundo
ele, o esporte é agressivo e de muito contato, mas o que decide o sucesso das
jogadas é a inteligência.
Na quadra
Diferentemente da versão
convencional do esporte em que as disputas ocorrem no gramado, orugby em
cadeira de rodas vem do basquete em cadeira de rodas, é diputado em quadras e
tem algumas regras parecidas – como o tempo para marcar o gol e o impedimento
de voltar ao campo de defesa. Uma diferença, no entanto, é que o ruby permite
colisões propositais entre as cadeiras de rodas, o que não ocorre no basquete.
"No rugby em
cadeira de rodas, a gente pode bater [chocar-se] com o adversário desde que não
coloque a integridade física dele em risco. Temos atletas de diferentes
biotipos. Se um atleta que corre 20 metros em seis segundos bater em um atleta
leve, ele pode até tirar a cadeira do chão", conta Rafael.
Para ele, a visão paternalista
que a sociedade tem do cadeirante faz com que as pessoas fiquem surpresas com
os jogos. "Quando a gente pega um esporte com característica agressiva
para o tetraplégico, que é considerado frágil, a família, os médicos ou pessoas
que estão em volta já enxergam com outro olhar."
Requisitos
Para participar da modalidade,
é necessário ter deficiência em três membros do corpo. Outra característica do rugby em
cadeira de rodas é o fato de ser um esporte misto, em que homens e mulheres
competem juntos, em equipes de quatro pessoas. Na seleção brasileira, não há
nenhuma mulher entre os escalados, mas Canadá e Reino Unido trouxeram mulheres
entre seus melhores atletas.
Com 28 anos, Bruno Damasceno
já tem uma longa carreira no esporte e participou de sua primeira seletiva para
representar o Brasil em 2008. Hoje, ele sonha com a Paralimpíada no Rio de
Janeiro: "A expectativa é grande. Você vê o local de jogos, vê que é
grande e toda a organização. Você fica ansioso pelo seu trabalho e [lembra] o
tanto que você treinou."
Um acidente em uma piscina há 11 anos fez com que o atleta ingressasse nos esportes paralímpicos, considerado um caminho de muitos obstáculos. "No começo, passei por várias dificuldades, adaptações, inclusive para aprender o que estava acontecendo comigo", conta ele, que tentou praticar natação e handebol antes de entrar para o rugby. "Achei legal ter contato, vi que era pra mim e comecei a praticar".