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Aprovação de projeto de lei coloca em destaque a importância da abordagem interdisciplinar no enfrentamento da seletividade alimentar de crianças diagnosticadas com TEA.
Publicado em: 18/07/2017
Em entrevista à Rede Globo, Crefito-3 fala sobre fila em serviços de Fisioterapia e Terapia Ocupacional
Na manhã desta
terça-feira (18), o Crefito-3 recebeu a equipe de jornalismo da Rede Globo de Televisão
– Programa SPTV 2ª edição - onde falou sobre a extensa e crítica questão da fila
no sistema público de saúde para serviços de Fisioterapia e Terapia Ocupacional
no município de São Paulo.
Conforme
explicou Dr. Adriano Conrado Rodrigues, vice-presidente do Crefito-3, “há que
se ter muita responsabilidade e vontade política ao administrar a saúde pública
no Brasil e, mais especificamente, no município de São Paulo. Responsabilidade,
pois o sistema público é complexo, são muitas as variáveis que impactam
diretamente a saúde da população. ” É necessário ter vontade política,
já que manter as estratégias propostas voltadas aos princípios e diretrizes do
SUS, favorecendo a continuidade eficiente dos programas e serviços de saúde instituídos.
É um compromisso e um exercício diário para o gestor.
Dr. Adriano
esclarece que todo sistema é composto por variáveis e elenca algumas causas
para a crítica questão das filas: a crise econômica em que há migração dos
planos de convênios, para o sistema público de saúde; a falta de conhecimento
do perfil epidemiológico das pessoas em seus territórios; a falta de
investimentos de recursos públicos na Atenção Básica de Saúde e, mais
especificamente, na rede de atenção primária para trabalhos de prevenção e promoção
de saúde junto à população; baixo número de profissionais inseridos no município;
falta de ações de integração entre os serviços oferecidos pelo sistema público
de saúde; matriciamento, garantindo, assim, a referência e contra a referência
entre os serviços, bem como a correta orientação à população.
As competências
do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 3ª Região, incluem:
regular a carga horária de trabalho dos profissionais, regular o número de
pessoas atendidas por esses profissionais e trabalhar sob o olhar da ética e
qualidade dos serviços prestados, resguardando a excelência do atendimento à
população. Essas competências geram impacto nas filas, pressionando os gestores
para a contratação de mais profissionais nos municípios e favorecem o enaltecimento
dessas importantes profissões da saúde.
Em acordo com
dados do próprio Conselho, o número de infrações por descumprimento dos parâmetros
assistenciais legais, (que é indicador de profissional atendendo com carga horária
maior, ou maior número de pessoas sendo atendidas por sessão), em um recorte
dos últimos seis meses, foi de 54 notificações de profissionais.
Esse dado por
si só, quando notificado, gera um impacto positivo para a contratação de mais
profissionais e é levado ao gestor público. O gestor público, por sua vez, é
orientado a trabalhar no plano orçamentário do seu município para regulação, e
casos onde ocorra o descumprimento são levados ao Ministério Público. Isso não significa que terá impacto na
contratação, mas gera desconforto onde com vontade política pode se buscar a excelência
na prestação de serviços de Fisioterapia e Terapia Ocupacional à população.
Especificamente
para centros de reabilitação ou especialidades onde a atribuição básica do
local seja Fisioterapia ou Terapia Ocupacional, por lei, o serviço é obrigado a
seguir os parâmetros assistenciais legais, o que pode gerar processo instaurado
por essa Autarquia.
Nesse contexto,
é preciso ter bons gestores de saúde entendendo e planejando a partir da
demanda da população; programas ou estratégias que vão de encontro à essas
demandas e ao perfil da população e profissionais comprometidos com os parâmetros
legais e éticos da profissão.