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Publicado em: 18/12/2017

Fantástico lembra da existência da Fisioterapia, mas abordagem é rasa e mantém mitos que prejudicam tratamentos

Desde a noite de domingo, 10 de dezembro, profissionais fisioterapeutas manifestaram preocupação, e mesmo indignação, com relação à primeira reportagem do Fantástico, da série “Essa dor que não passa”, com o médico Dr. Drauzio Varella, sobre dor de coluna. Foram mostrados casos em que pessoas sofrem com este mal há anos, sem solução.

A matéria deu destaque a alternativas de “tratamento” por medicamentos e através de intervenções cirúrgicas. Vários fisioterapeutas manifestaram preocupação com a divulgação de mitos que mantém a população afastada de tratamentos eficazes contra estes e outros males. Em atenção a esse movimento, o Crefito-3 enviou uma Carta à Produção do Fantástico, alertando sobre falhas, erros e riscos, que resultam em desserviço à população (goo.gl/SSvZ4t). A evidência do caráter prejudicial destes mitos veio com a segunda parte da reportagem, exibida ontem, 17 de dezembro, que revelou ainda outros problemas.

Nesta segunda etapa da reportagem, tratamentos fisioterapêuticos foram citados como parte da solução. O telespectador pôde acompanhar nas cenas atividades de profissionais da área em atendimento aos pacientes centrais da matéria. A trama, que gira em torno do médico, dá a entender que a contribuição da Fisioterapia é apenas secundária. A complementaridade dos serviços não é levada em consideração. “Neste caso, além do papel da Fisioterapia no processo, que é central, existe toda uma questão psicossomática ou mesmo de sobrepeso, que envolvem outras profissões da área de Saúde. De fato, o enfoque multidisciplinar deveria ter sido melhor tratado na matéria”, alerta Dr. Eduardo Filoni, Conselheiro do Crefito-3, com atuação em Fisioterapia Ortopédica e Traumatológica.

Como contribuição importante da matéria, a revelação de uma triste realidade: alto índice de interrupção em tratamentos fisioterapêuticos. Também acontece com frequência, o paciente ignorar, por conta própria, a terapia. Isso impacta sobremaneira os resultados esperados, como foi possível verificar na matéria, e deve fazer parte da preocupação dos profissionais das áreas de saúde, no sentido de alcançar eficácia nos resultados. “Infelizmente, é comum que o paciente abandone o tratamento. É que eles focam no sintomas, ou seja, na dor. É preciso sensibilizar profissionais e conscientizar pacientes da importância da terapêutica. Com exercícios de estabilização e de fortalecimento, o tratamento seria mais longo, e, por consequência, apresentaria melhores resultados”, disse Dr. Eduardo Filoni.

Em um dado momento, o médico deixou escapar um detalhe muito importante. Ao receber o retorno de um dos pacientes, indicou mais dez sessões “de Fisioterapia”. Esse “número mágico” é bastante conhecido dos profissionais. Apesar do fisioterapeuta ser profissional de primeiro contato, é comum que médicos prescrevam tratamentos fisioterapêuticos, e em geral em 10 sessões. Isso prejudica a atuação do fisioterapeuta e revela dificuldade de alguns médicos em trabalhar a saúde de forma complementar e multiprofissional.

O Crefito-3 vai encaminhar ao Fantástico essa semana um novo alerta sobre os problemas encontrados, propondo, trabalhar de maneira mais aprofundada essas questões com o telespectador.

Além disso, o Conselho irá contribuir mantendo debate com profissionais acerca da matéria exibida pelo Fantástico. Da mesma forma como foi feito após a exibição da primeira parte do quadro, o objetivo é ampliar a discussão sobre contribuições da Fisioterapia para a saúde da população. “O programa tem grande alcance e pode ser agente de transformação ao apresentar à população, outras formas de tratamento, mais modernas, a partir de conhecimentos científicos e baseadas em evidências. O Crefito-3, como já havia manifestado anteriormente, está à disposição para contribuir na construção de conteúdo de relevância”, afirma o presidente do Conselho, Dr. José Renato.