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Publicado em: 24/02/2015
Técnica permite identificação quase imediata da tuberculose
O exame para diagnosticar a tuberculose ficou 240 vezes mais rápido no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP), graças a uma técnica que permite a identificação, quase que imediata, da microbactéria causadora da doença. O tempo de análise passou de oito horas para apenas dois minutos por meio da tecnologia Point of Care Test (Poct).
O método tem a mesma lógica dos testes feitos para verificação do vírus HIV, com o uso da saliva. No caso da tuberculose, no entanto, a amostra usada na testagem rápida é colhida de uma cultura bacteriológica, por isso ainda há a necessidade de ser feito em laboratório.
De acordo com Valdes Bollela, professor da Divisão de Moléstias Infecciosas e Tropicais do Departamento de Clínica Médica, pesquisadores asiáticos e brasileiros estudam meios para que o exame seja feito diretamente com os fluidos do paciente.
De acordo com Bollela, o teste mostrou-se eficaz em todos os aspectos. “Consigo fazer com tempo muito menor. O custo dele por teste é mais ou menos R$ 10”, apontou. Além disso, ele destaca que o teste molecular, que era feito antes, trazia maior risco de contaminação. “Ele requer uma série de cuidados, então não se conseguia fazer esse exame todos os dias. Conseguíamos fazer duas vezes por semana”.
A cultura, que é feita na maioria dos casos com amostra de escarro, demora entre 10 e 14 dias para indicar se estão crescendo micobactérias.
O problema é que, além disso, era preciso aguardar mais dois ou três dias para atestar a tuberculose por meio do teste molecular. O Poct permite que, após o período da cultura, já se defina o diagnóstico em minutos. “Agora, a gente consegue fazer praticamente de imediato”, disse o pesquisador.
De acordo com Bollela, a incidência da tuberculose no Brasil é 90 mil casos por ano. “Desses, entre 85% e 90% são do tipo pulmonar”. Além disso, cerca de 4,5 mil pessoas morrem anualmente por causa da doença. “Se você pensar que tem tratamento e que, se tratar direito na primeira vez tem chance de cura de 100%, ainda há muita gente morrendo de uma doença que tem cura”, avaliou o professor.
Ele destacou que entre 10% e 20% dos casos estão associados a pacientes soropositivos. “Isso piora o prognóstico do HIV e aumenta o risco de ter complicações com a tuberculose”, alertou.
Com informações
do Portal Brasil