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Publicado em: 26/06/2015

Tratamento contra HIV com antirretrovirais cresce 30% em 2014

Em levantamento realizado pelo Ministério da Saúde o número de pacientes com HIV em tratamento com antirretrovirais no Brasil cresceu 30% em 2014. O número aumentou de 57 mil para 74 mil em apenas um ano. Em torno de 404 mil pessoas com o vírus HIV utilizam os medicamentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Na tarde desta quarta-feira (24), os dados foram divulgados pela ministra interina da Saúde, Ana Paula Soter, e pelo diretor do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, durante lançamento da campanha de prevenção de DST e AIDS para festas populares do segundo semestre de 2015.

O crescimento está vinculado à implantação do Novo Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e AIDS, lançado em dezembro de 2013. Pelo novo método, todas as pessoas que apresentam resultado positivo para o HIV passam a fazer uso dos antirretrovirais, mesmo as que não têm comprometimento do sistema imunológico.
 
O levantamento relatou também que o avanço da AIDS se estabilizou no Brasil, com taxa de detecção em torno de 20,6 casos para cada 100 mil habitantes. Por ano, são aproximadamente 39 mil casos novos da doença. A mortalidade de pacientes com a doença, segundo a pasta, caiu em 15,6% desde 2003 – e de 6,4 óbitos por 100 mil habitantes para 5,4 óbitos por 100 mil habitantes em 2014.
O SUS oferece um teste rápido, gratuito e sigiloso para os interessados em saber se estão ou não infectados pelo vírus. O resultado sai em menos de 20 minutos, e não é necessário agendar o procedimento.

O objetivo é que em 2020 o Brasil alcance a meta estabelecida pela ONU, conhecida como 90-90-90: testar 90% da população brasileira, tratar 90% dos comprovadamente infectados e conseguir que 90% dos pacientes apresentem carga viral indetectável.

De acordo com a pasta, faltam 11% para o alcance da meta da testagem; 30% para o alcance do tratamento e 35% para meta de carga viral indetectável. Das pessoas em tratamento, 88% não apresentam mais o vírus na corrente sanguínea, o que contribui para diminuir a sua circulação.
Com informações do Globo