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Publicado em: 04/05/2021

Fisioterapeutas podem fazer a diferença na atenção aos pacientes asmáticos

No Dia Mundial da Asma, o foco é para a abordagem multidisciplinar da doença, valorizada e compreendida como fundamental para o tratamento. E estudos comprovam: a intervenção fisioterapêutica é fundamental para as pessoas asmáticas

Desde 1998, mais de 35 países, dentre eles o Brasil, trouxeram  para o centro dos debates da área da saúde, as questões em torno da asma.


Doença inflamatória crônica das vias aéreas, tratável, que no Brasil atinge cerca de 20 milhões de pessoas, a asma é há muito tempo conhecida nas áreas médica e farmacêutica. 


Mas foi somente há cerca de uma década que profissionais da saúde começaram a compreender que, por suas características, a asma é uma doença que precisa contar com intervenção multiprofissional, para  conquistar benefícios mais amplos e mais sólidos aos pacientes.


Nessa abordagem multiprofissional, a Fisioterapia tem demonstrado, por meio de pesquisas - grande parte delas realizadas por fisioterapeutas pesquisadores brasileiros - que as pessoas asmáticas podem encontrar grandes benefícios na assistência fisioterapêutica, em especial, por parte dos profissionais dedicados à especialidade Respiratória. 


Fisioterapia na asma ainda é desconhecida pelos pacientes


No Brasil, cerca de uma pessoa, a cada dez, tem asma. Nosso país está em 8º lugar no mundo em prevalência da doença. “Muitos pacientes ainda acreditam que a abordagem para a asma é exclusivamente médica. Eles não sabem que outros profissionais também são importantes nesse processo. E não sabem que o papel do fisioterapeuta é importante”.


A constatação é do Dr. Celso Carvalho. Fisioterapeuta, professor livre-docente  do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.


Dr. Celso acredita que esse desconhecimento sobre as possibilidades de tratamento oferecidas pela Fisioterapia se deve ao fato de que, historicamente, a asma sempre foi tratada a partir de um ponto de vista farmacológico. “Oferecer o broncodilatador - a conhecida “bombinha” para o episódio de broncoconstrição, e, depois, uma medicação para redução do processo inflamatório”, explica. 


Possibilidades de intervenção do fisioterapeuta


Dr. Celso revela que existem três possibilidades para atuação do fisioterapeuta junto ao paciente asmático. A primeira delas se refere a mudanças em hábitos de vida do paciente. “Se esse paciente mudar seus hábitos, e apenas começar a caminhar já terá benefícios. Essa é uma recomendação que pode partir do fisioterapeuta”.


Outra forma de atuação do profissional se refere ao suporte respiratório, quando o paciente estiver numa situação de crise - seja numa enfermaria, seja na UTI, ou mesmo  em casa. “Nesses casos, nós, fisioterapeutas, garantimos o suporte ventilatório para esse paciente, com ventiladores mecânicos não-invasivos. E, quando necessário, nas UTIs, o suporte da ventilação invasiva”, explica.


Uma terceira forma de intervenção do fisioterapeuta é orientar a pessoa com asma a remover as secreções. “Esses pacientes têm secreção pulmonar. Alguns deles, inclusive, têm muita secreção. Para esses pacientes, a atuação do fisioterapeuta acontece na orientação para realização das técnicas de remoção da secreção; a fazer essa higiene dessa secreção”. 


Ao contrário do que se conhecia há cerca de uma década, a Fisioterapia tem uma série  de recursos que podem trazer melhor qualidade de vida às pessoas asmáticas “É um conjunto de ações que o fisioterapeuta pode realizar para o tratamento da asma”, finaliza o Dr. Celso Carvalho.