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Publicado em: 21/06/2021

Dia Nacional de Controle da Asma é oportunidade para destacar importância da intervenção fisioterapêuticad

Pesquisas do Laboratório de Fisioterapia e Fisiologia do Exercício do HCFMUSP, concluíram que o exercício físico é um recurso ao qual o fisioterapeuta pode recorrer para a atenção às pessoas com asma.

No Brasil, o dia 21 de junho marca, além do início oficial do inverno, o Dia Nacional de Controle da Asma. Para a Fisioterapia, a atenção especial à data é uma ocasião para destacar o papel da profissão junto ao paciente asmático. 


De abordagem prioritariamente medicamentosa durante décadas, apenas nos últimos 15 anos a asma passou a contar com outras possibilidades de controle e tratamento. Nessas novas possibilidades, se destaca a abordagem fisioterapêutica.


Doença inflamatória crônica das vias aéreas, a asma, durante as crises, se manifesta de duas formas: uma delas é o broncoespasmo, quando  o músculo das vias aéreas sofre uma contratura (provocando o “fechamento” da via), seguida de relaxamento. Outra, é o processo inflamatório pulmonar, obstruindo a via aérea. 


Dr. Celso Carvalho, fisioterapeuta especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória e em Terapia Intensiva, professor livre-docente  do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, explica que tanto o episódio da contratura muscular quando o processo inflamatório podem acontecer numa mesma crise. “Esses dois episódios são uma crise única, com duas ‘ondas’ ”, explica.


“Várias asmas”


Dr. Celso e a equipe do Laboratório de Fisioterapia e Fisiologia do Exercício (LIFFE), do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, estudam diferentes aspectos da asma.

Ele esclarece que as pesquisas já demonstram que não existe “uma asma”, mas “várias asmas”, que podem ser atribuídas a fatores diversos.


“Existem crianças que já nascem com asma. Existe a asma da pessoa obesa, que surge mais tardiamente. Existe a asma alérgica. Existe a asma da gravidez”, explica. 


Exercício como ferramenta do fisioterapeuta para o paciente asmático


Dr. Celso Carvalho conta que, mesmo com a constatação da existência de diferentes asmas, todas elas têm traços em comum. O primeiro é o sedentarismo. Pacientes que passam muito tempo sentados ou parados apresentam piora na inflamação. O segundo fator é a obesidade. O terceiro fator, a ansiedade. O mesmo paciente pode apresentar um  ou mais desses fatores. 


A partir dessa constatação, Dr. Celso e os demais pesquisadores do LIFFE iniciaram estudos sobre as possibilidades do que, geralmente, parece uma contradição: as possibilidades do exercício como possibilidade para o tratamento da asma. 


“Pessoas asmáticas, quando realizam uma atividade física mais intensa, apresentam fechamento da via aérea. O exercício é um causador da crise asmática. Será possível que o exercício melhore a asma?”. A pergunta do Dr. Celso Carvalho e demais pesquisadores do LIFFE levou o grupo  a investigar se o paciente, ao realizar exercícios de forma organizada, poderia apresentar melhora em seu quadro asmático. 


Como resultado, os pesquisadores demonstraram que, sim, exercícios podem beneficiar o paciente asmático. “Mostramos que, quanto mais o paciente fazia exercício, menores eram os sintomas da asma; menos frequentes eram as crises asmáticas; menor era a inflamação dos pulmões”, explica Dr. Celso. “Quanto mais exercícios o paciente fazia, melhor se tornava a qualidade de vida desse indivíduo”. 


Dr. Celso enfatiza que as conclusões do estudo oferecem ao fisioterapeuta mais um caminho para a atenção ao paciente asmático. “O indivíduo não precisa fazer exercícios de maneira intensa. Se ele começar a caminhar, apenas mudar os hábitos de vida diária, terá os benefícios desse exercício. E essa é uma ação do fisioterapeuta: a promoção de um programa de recuperação e exercícios para a pessoa com asma”, conclui.


Para saber mais:


Acesse o artigo do estudo:


Efeitos do exercício físico no controle clínico da asma - Disponível em:

https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/download/108796/107224